a mulher vóvó
A versão feminina mais endiabrada são as senhoras de idade, para os detractores, velhas. É um dos corpos mais difíceis de tomar posse. Especialmente pelas gorduras flácidas, que se tornam incomodativas ali para os lados do rego do cú e dos antigos lábios vaginais (actuais desentupidores de sanita). Estas senhoras donas velhas tiveram anos de adaptação áquele corpo, mas eu caio ali de pára-quedas e sem preparação, o que motiva sempre regurgitamento até à última couve comida já a semana passada. E porquê ocupar o corpo de uma destas senhoras donas velhas, perguntas tu, zé? Simples, elas são o melhor garante de coscuvilhice da sociedade. Aliás, coscuvilhice é uma palavra com origem na palavra velhice, tal como velhaco tem origem na palavra velho. O mais curioso é que as velhas são bem mais matreiras que os velhos. Ocupar um corpo destes permite, primeiro, ter tempo que sobra para praticar o mal, segundo, influenciar cidades, bairros e famílias inteiras (especialmente os pequenos netos), e em terceiro, ter conhecimento das cusquices de todos os vizinhos e afins. Existem velhotas que sabem os podres (alguns deles inventados mas que eu ajudo a que se concretizem) de mais de 2000 pessoas. Entre familiares, amigos de familiares, amigos de amigos de familiares, pessoas do bairro, da televisão e afins. É uma versão humana a ter em conta, com mais poder do que muitos julgam.