Nada melhor do que, com perninhas e maminhas carnudas e jeitosas, e um belo toque de anca, modificar a história de um país. No século XIII, eu Lucifer fui mulher mais uma vez, adoptando o nome de D. Beatriz (o povo, chamava-me D. Brites e tinha Cantigas de Escárnio e Mal Dizer sobre mim - curiosamente, quem tinha criado essas mesmas cantigas tinha sido eu, infiltrado pelo povo). Muito basicamente, pavoniei os meus dotes fisicos pelo rei de Portugal na altura, um tipo astuto mas mulherengo à brava chamado D. Afonso III, Fofó para os amigos.
Tornámo-nos amantes (nas partes em que era necessário sexo era a minha quarta donzela, a que tinha gonzagas mais pequenas, a concretizar o acto) e fui eu que fiz com que ele reconquistasse a zona do Algarve aos Mouros.
O Fofó só dizia que não fazia sentido ter mais terra, se aquela que Portugal tinha já sobrava. Castela tinha planeado fazer essa mesma reconquista e a antecipação de Portugal provocou um conflito diplomático. Não chegou a haver uma grande guerra - o que poderia ter destruido logo ali Portugal -, porque eu fui a Castela resolver o assunto com o corpo. Dei uma queca diabolicamente poderosa ao rei castelhano (outro Afonso, que, curiosamente, era meu pai) e voltei com o tratado de Badajoz assinado - determinava a fronteira no Guadiana. Em 1253, o rei fez questão de me desposar, mesmo sendo ele já casado com Dona Matilde, Condessa de Bolonha. No início não quis, mas depois lá fiz a vontade ao velho, até porque a sua falta de tusa - na altura o Viagra eram duas pedras a apertarem o piço e raramente resultavam - requeriam novos métodos de encantamento do Fofó. Depois, despachei a puta da Matilde, porque o Papa inventou que não podiam haver segundas núpcias.
Ainda fui eu que consegui que as vilas de Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla passassem a ser portuguesas... digamos que o rei de Castela (e pai da Beatriz) ou dava isso, ou eu divulgava umas informações sobre a sua sexualidade - ia aos estábulos dos cavalos, apanhar no rego do cú (termo técnico ânus), com aquelas pichas enormes (dignos dos caralhos das Caldas).
Caso não saibam, apesar de me ter casado em segundas núpcias com o Fofó (Afonso III para o povo), dei um descendente a Portugal, que se chamava D. Dinis (ring a bell?). Curiosamente foi a minha terceira donzela (que tinha grandes gonzagas que eu adorava chupar) que teve a criança - corpo de mulher, sim, ter filhos com ele é que não.
Agora, perguntam vocês, porque é que eu fiz isto tudo por Portugal?
Simples. Mero desporto. Se Portugal perdesse o Algarve para Castela, já não existia Portugal há muitos anos. E este país é um paraíso para El Diablo, como eu. Uma fonte de diversão inesgotável.